segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A Delicadeza do Amor, 2012.

Postar. IMDB

Filme lançado em 2012, com 1 hora de 48 minutos de duração.

No geral, o que mais me espantou neste filme foi o quanto os envolvidos conseguiram fazer um filme francês leve. Eu confesso que tinha um preconceito (não pejorativo) acerca do cinema francês. Depois de assistir "Irreversível", de Gaspar Noé, e "Azul é a cor mais forte", de Abdellatif Kechiche, esperava um filme também com cenas fortes. Mas não encontrei nenhuma.

"... é onde vou me esconder". [2]

Com insinuações leves de acontecimentos fortes, o filme foca totalmente na interpretação dos personagens envolvidos. Por exemplo, quando esperava ver uma pressão sobre o acidente de François, a câmera está acompanhando Nathalie, focando em todo o seu desespero para chegar cedo ao hospital. E fica com ela o tempo todo. É ela quem está um turbilhão de emoção.

A história...

Audrey. IMDB
Nathalie (interpretada brilhantemente por Audrey Tautou) é uma jovem totalmente apaixonada por François (Pio Marmai). Eles formam um casal típico. Viajam muito, trabalham e estão começando a construir a vida a dois. É neste cenário que um acidente acaba interrompendo todos os planos.

Com o coração fechado pela precoce viuvez, Nathalie dedica-se àquilo que acredita preencher todo o seu tempo: o trabalho. E, no auge da dedicação, quando já administra um grupo independente dentro da empresa, encontra Markus. E foi neste cara, totalmente diferente do antigo François, que vemos a possibilidade do desabrochar de uma nova paixão, Uma história comum se não fossem as...

Interpretações

Eu nunca havia visto um filme com a Audrey Tautou, ou se já, passou despercebido. Uma atriz excepcional, que transmitiu todas as emoções possíveis a personagem. 

Foi palpável o vazio, o desemparo e a aceitação quando Nathalie está sentada no sofá em sua casa vazia. A trilha sonora se abstêm em luto pelo sofrimento. É impossível não saber pelo menos uma fração do que ela está sentindo.

Ou quando, sabendo que pode voltar a amar de novo, ela corre até a casa do pai e chora ao abraça-lo. Um choro de felicidade e culpa. Sabe que está na hora de esquecer o que passou e aceitar o que a vida quer lhe oferecer, mas tem medo de estar traindo o passado.

François. IMDB
Fantástico também está François Damiens no papel de Markus. Eu nunca vi alguém passar tamanha ingenuidade quanto François passou nesta interpretação. É impossível não olhar para Markus, em um primeiro momento, e não reconhecer alguém inferiorizado. E, no decorrer da narração, reconhecer a transformação em alguém que consegue lhe arrancar risadas em praticamente todas as cenas, que tem um orgulho de comportar-se de forma correta e que saberá amar a mulher escolhida.

Com sabedoria ele foi abrindo porta a porta. Até conseguir conquistar Nathalie.

E são atitudes como na cena em que Markus, tento a chance de levar Nathalie para jantar, a leva em um restaurante mais familiar, onde casais de velhinhos estão jantando (típica mensagem de alguém que quer um relacionamento para a vida toda), ao contrário do restaurante de onde o chefe de Nathalie a leva, um ambiente mais reservado e com casais com maior diferença de idade (uma busca mais carnal).


A fotografia e cenas engraçadas


Nathalie e Markus. [1]


Esta é sem dúvida a arma mais forte do filme. Em praticamente todas as cenas você nota detalhes que te remetem a fazer associações com o acontecimento e a personalidade dos personagens. Por exemplo:

* A cena, logo após o primeiro beijo, em que Markus está caminhando para casa com um sorriso estampado no rosto, passando toda a felicidade de alguém que presenciou algo que pensou que nunca seria possível, com todas as mulheres olhando para ele e sorrindo (passando a imagem do tamanho do convencimento) e ele para, na porta do prédio, lembrando que esqueceu a senha para abrir a porta. Dá para rir um bocado.

* Outra cena que chama atenção é quando o chefe de Nathalie chama Markus para conversar. Neste momento, a fotografia fica alinhada pegando os dois personagens de perfil. É fantástica a divisão de detalhes, como, lá ao fundo, ao lado do chefe, a imagem do sexo masculino formado em uma escultura. A típica rivalidade entre animais onde o alfa que continuar demonstrando força.

* Ou no auge do questionamento interno, no momento em que ela se encontra dividida entre dois mundos, Nathalie para o carro em uma região de plantação de rosas (acredito que seja isto) e fica no meio, olhando para o horizonte. Nesta hora, dá para ver que ela se encontra em uma divisão. De um lado, um jardim amarelado, do outro, verde. É claro a afirmação da dúvida de qual lado escolher. Fantástica cena.

Mais sobre

Uma salva de palmas para os diretores David FoenkinosStéphane Foenkinos por conseguir explorar o máximo da interpretação dos personagens e dos cenários sem apelar para cenas fortes.

E para o autor e roteirista David Foenkinos, por nos poder prestigiar com tão bacana obra.


E antes que você questione, sim, David e Stephane são irmãos. ;o)

Pescando imagens...

[1] https://naomepoupee.wordpress.com/

[2] Inatual

[3] http://www.adorocinema.com/filmes/filme-61361/

sábado, 17 de janeiro de 2015

Curiosidade: você sabe como são definidas as censuras dos filmes?

Olá meus patrões.



Estava revisando minha lista de filmes e questionei-me sobre a indicação das faixas etárias sinalizadas em cada um deles. Você nunca teve a curiosidade para saber qual o critério que eles utilizam para definir a "censura"?

É um assunto batido, eu sei, mas como eu aprendo melhor quando estou escrevendo, aproveitei a deixa para decorar como funciona. :o)

Censura ou classificação etária?

"Censura" não é o termo mais apropriado no Brasil. Ela não mais existe deste 1988. Hoje, é permitido que uma criança/adolescente veja um filme classificado com uma idade superior a sua, desde que acompanhado do responsável (uma pergunta, posso então colocar uma criança de 10 anos para assistir a um filme de 16? Não é bem assim... ;)

"Desde julho [de 2015], quando a portaria [portaria 1.597] foi alterada e começou a vigorar, o acesso de crianças e adolescentes a filmes classificados como inadequados para suas idades foi flexibilizado para algumas faixas etárias. Assim, crianças de 10 e 11 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, podem assistir a filmes considerados impróprios para menores de 12 anos - o mesmo acontece nas faixas de 14 e 16 anos, cuja entrada é permitida na categoria de classificação imediatamente superior à de sua idade. No entanto, quem tem 16 e 17 anos não pode ver filmes proibidos para menores de 18 anos. A limitação afeta também os menores de dez anos, que podem assistir apenas a sessões livres e desde que acompanhados dos pais." [3]

Nota: Apesar de desde 1988 uma produção não poder ser mais vetada no Brasil (o que quer dizer que pode-se assistir de tudo por aqui), vez ou outra uma obra pode ser proibida de ser exibida em determinadas ocasiões. Dá uma lida neste post de 2011. 

Quem é o responsável então por decidir a classificação?

É um órgão da Secretaria Nacional de Justiça chamado "Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação", DEJUS (não Jesus!). Antes de uma obra ser publicada, os produtores precisam exibi-lo para uma dupla de classificadores do Departamento. Somente após verificar a produção, o roteiro e a sinopse a classificação é aplicada (e a melhor indicação horária também).

Nota 2: Como toda decisão judicial, o produtor pode acabar recorrendo da classificação. Na primeira reclamação, uma nova dupla é chamada. Se mesmo assim não houver consenso, pode-se recorrer e apresentar a obra para a própria secretária de Justiça do departamento.

"O objetivo desse processo é proteger crianças e adolescentes de conteúdos inapropriados para sua idade, de modo que a classificação se destine, principalmente, aos pais e responsáveis, os quais decidem e orientam aquilo que seus filhos podem, ou não, ver." [2]

Segue abaixo as classificações e suas definições: livre, inadequado para menores de 10, 12, 14, 16 e 18 anos. A figura abaixo ajuda a entender.

Fonte: [2]

Ficou mais claro agora não?

Quer ler mais sobre isto?

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O Vencedor, 2010

Bem vindos de volta, meus patrões.

Dizem por ai que a qualidade de uma bebida é medida pelo tempo que o sabor permanece em sua boca após ter sido engolida, um bom filme é medido pelo tempo em que você fica pensando nele depois de assisti-lo. 

E este filme, meu amigo(a), sem dúvida nenhuma, fez o meu gosto!

Pôster. Fonte: IMDB
O vencedor é não é um filme sobre boxe. Longe disto! Ele utiliza o boxe sim, é claro, afinal de contas, nunca vi um esporte tão explorado em filmes para mostrar superação, mas desculpem-me os críticos, não passou de uma ferramenta para mostrar o quão valeu a pena escrever este roteiro.

Este é, antes de tudo, um filme para te fazer acordar.  

Onde atores coadjuvantes viram protagonistas que te levas a questionar até onde vão os laços. O quão é necessário quebrar paradigmas e chocar opiniões que o mantêm preso, para poder mudar não somente a tua vida, mas de todas as pessoas que estão a tua volta.

Um filme que faz você rir, se indignar, rir de novo para depois vibrar com cada conquista.

Este é um filme de grandes atuações e que vai te manter preso.


Informações relevantes

Esta é uma história real. Lançado em 2010. Um Drama que conta até onde vai a fidelidade à família, a necessidade de descobrir o seu próprio caminho, a influência do apoio (seja ele positivo ou negativo), o quanto ícones podem ser quebrados e o quanto heróis podem surgir do nada.

Os irmãos. IMDB
Teve um orçamento mediano, 25 milhões. E pela simplicidade dos cenários, foi gravado em apenas 33 dias (e antes que você questione como eles conseguiram gastar 25 milhões em 33 dias, eu reforço que foram 33 dias só de gravação! :).

O filme tem 115 minutos (pouco menos de 2 horas). Então dá para assistir com sua esposa(o)/namorada(o)/alguém entre o jantar e a hora de dormir (acredite, foi o que eu fiz).


A história, o roteiro, os personagens e os atores

Christian Bale. Fonte: IMDB
Dicky (interpretado por Christian Bale, 3 prêmios pelo papel) foi um fenômeno do boxe. E para uma cidade do interior, mesmo sem ter se tornado o campão mundial, o fato de ter disputado o título e a proeza de ter derrubado o atual uma vez durante a luta já o coloca em uma posição superior aos que o rodeavam.

Mas como dizia o Tio Bem (do homem-aranha): "com grandes poderes vem grandes responsabilidades".

O peso de não ter ganho, de estar perto e não ter conseguido, o fazem usar crack. Uma personagem assim, que tem que demostrar um "poder" por fora (é o cara mais fantástico do filme), mas colocar no olhar o desespero de não suprir as expectativas, é complicado de ser vivido.

Nota: Eu realmente acredito nas premiações que o Bale recebeu. Primeiro porque ele teve uma mudança brusca fisicamente falando (teve que perder aproximadamente 10 quilos para o papel) e segundo por ter se tornado um cara que saiu do topo para a fossa e que, mesmo sem ser o principal, voltou ao topo no apoio incondicional dado ao irmão.

Mark Wahlberg. IMDB
Já Micky (interpretado por Mark Wahlberg), o irmão mais novo, desde pequeno escolheu ser boxeador, mas carregava o fardo do fracasso do irmão. Sempre a sombra. Sempre esperando um dia poder ter uma oportunidade, mas sem conseguir ganhar lutas e sempre fazendo as mesmas escolhas erradas.

Um cara fiel a família, mas que acabou limitado por ela.

A mãe, Alice Ward (interpretada pela também ganhadora de três prêmios Melissa Leo), empresária do irmão e agora empresária do mais novo, tentava fazer o que fazia e com o que tinha. Ela acreditava no filho, mas acabava o deixando preso onde não gostaria que ele estivesse.

E é nesse ponto que o filme introduz mais um tema a ser debatido. Alguns críticos comentaram o quanto a família o atrapalhava, mas não era o caso. Todos foram educados do mesmo jeito e viviam do mesmo jeito. É uma herança de comportamento que só teve a chance de ser quebrado nesta geração. E foi preciso alguém de fora:

Melissa Leo. IMDB.
Charlene (Amy Adams), uma garçonete de bar, uma bela de uma ruiva. As escolhas de um refletiam as escolhas do outro. E é este "olhar de fora" que se torna a ponte as mudanças sejam feitas (e ela vai ser odiada por isto uma boa parte do filme).

Entrar em mais detalhes sobre a trama vai acabar me fazendo contar coisas que não deveria, mas deixo a mensagem aqui que, apesar de parecer clichê, as cenas são encadeadas e mostram que é possível fazer tudo o que foi feito.

Equipe técnica

Ainda sou muito novo neste negócio de escrever resenhas para comentar sobre a equipe técnica, mas vale ressaltar os caras aqui só pelo excelente trabalho.

Diretor: David O. Russel (foi indicado ao prêmio de melhor diretor)
Roteiristas: Scott Silver, Paul Temasy e Eric Johnson
Coreógrafo das lutas: Ben Bray

Então, vale a pena?

Com toda certeza. É um filme que vai te fazer curtir o momento de estar assistindo. Vai te fazer vibrar com o amadurecimento dos personagens e vai te levar da comédia ao drama durante todo o tempo.

Com certeza é um filme para ver (e nem vai precisar de pipoca para alguma parte chata! :o).

Não tem cenas de nudez (lingerie não é nudez :) ou cenas muito violentas (apesar de mostrar sangue).

Quer comentar sobre o filme ou sobre a crítica, entra em contato pelos comentários.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Carga Explosiva (The Transporter) - 2002

Salve salve meus patrões.
Fonte: Wikimedia




E eis que, 13 anos depois, volto a assistir Carga Explosiva (o primeiro filme da série). Tudo por insistência e uma vontade louca de minha esposa em voltar a assistir filmes que gostamos. Tá bom, não foi só, também as vezes acordo com nostalgia e quero rever filmes que me deixaram muito empolgados (e olha que não são poucos).

Sobre o filme:

Sem dúvida, este é um filme de ação! E o sabe ser muito bem! A trama é simples, não precisa de conhecimento prévio ou explicação durante as cenas. A verdade, não há explicação nenhuma. Todo mundo aceita as coisas como são e ponto final. Focar nas cenas de perseguições (que realmente são fantásticas) e nas cenas de luta é o que importa.

Afinal de contas, ninguém vai a um filme de ação esperando sair maravilhado com as interpretações ou esperando ser um crítico da direção (só eu :o). Filme de ação bom mesmo é aquele que você fica doido para ser igual ao artista. E eu sai deste querendo comprar uma BMW. Pode ter certeza que ainda comecei a juntar dinheiro!

Mas se as interpretações não são perfeitas, diria que o melhor do filme são os personagens.

Os personagens e os atores:

O grande cara é um ex-militar aposentado que acaba trabalhando como transportador (dai o nome do filme). E como ex-militar, ele carrega os vícios de praxe: pragmático, gosta de regras (a ponto de citá-las várias vezes), mantêm uma disciplina rígida (o que o faz ser o melhor) e vive sozinho.

Fonte: IMDB
Além da brilhante ideia de que "nada é pessoal". Por exemplo, mesmo quando ele acaba por ser vítima de uma vingança não procurada, prefere aceitar o fato e seguir em frente do que buscar vingança.

A profissão então "casa como uma luva" para Frank Martin. E melhor fica quando o ator que o interpreta é o Jason Statham (este cara ai ao lado).

Nota: Na verdade, este filme meio que moldou a personalidade do Jason em todos os seus futuros filmes. Por exemplo, no filme Mercenários, ele é o cara quando o assunto é carro. Ficou impossível separar um do outro.

Outro personagem que deve ser lembrando é o Inspetor Tarconi (interpretado pelo François Berléand). Um detetive com muito tempo de casa e que, sem deixar de ser honesto, aceitou que nem tudo deve ser controlado. Existem bandidos e "bandidos". E que, sempre que possível, uma ajuda é bem vinda (mesmo que ela não seja oficializada).
François Berléand. Fonte: IMDB

As personalidades são tão parecidas que não é a toa que ambas são levadas para os dois próximos dois filmes da franquia e além, quando é introduzida uma série de TV com o mesmo nome.

Nota 2: Na série (veja aqui), os personagens são conservados. Ainda são Frank Martin e Inspetor Tarconi, mas o ator do Frank é substituído. Aceitável, mas muito estranho quando alguns clichês do filme (como quando tentam quebrar a precisão do contrato e o transportador é rígido a ponto de arriscar ser preso).

Os diretores:

O filme apresentou tantas cenas de lutas que contou com um diretor exclusivo para este papel. Corey Yuen, como você nunca ia adivinhar, é um diretor chinês (participou de alguns filmes como ator também) e carrega nas costas filmes como X-Men e os outros dois filmes da série (Transporter 2 e Transporter 3). Sem contar, é claro, que o cara é grande conhecido do Jet Li, inclusive teve seu dedo no filme Os Mercenários.

O segundo cara é o Louis Leterrier. Opa, eu falei segundo cara? Devo estar totalmente por fora porque este cara aqui foi o que dirigiu o melhor filme do Hulk de todos os tempos (sem mentira!), O Incrível Hulk, com Edward Norton.

No filme em questão, ele é o responsável por toda a direção artística.

A direção:

Existem dois tipos de luta: a luta seca e a luta estilo tigre e o dragão. A luta seca é aquela que os murros são secos (pa, pum, osso quebrado! argh!). Já a luta do tigre, conta a mais fantasiosa, onde o ambiente é mais explorado. E acredite quando eu digo que o transportador gosta do primeiro tipo de luta.

É normal ver o primeiro tipo de luta nos filmes do ocidente (onde violência é levado a sério).

As coreografias são básicas e Yuen gostou de explorar espaços pequenos (deixando as lutas mais rápidas e mais aceitáveis quando tenta-se questionar porque somente um luta contra muitos). Veja os exemplos da briga que Frank teve dentro do ônibus ou no contêiner. Neste tipo de filmagem, a câmera tende a ficar mais perto dos atores. E com esta justificativa, dá para fazer aquele close de um segundo na cara dos personagens (com direito a sorrisinho do tipo "já ganhei").

E se as lutas acontecem em pequenos espaços, quando não estão distribuindo socos, os atores estão em ambientes altamente espaçados (o que acaba por ficar visível a divisão de papeis na direção). Por exemplo: as cenas na casa do Frank são sempre muito claras e eles geralmente estão andando na parte de fora, ou a cela em que Frank e o Inspetor conversam (uma grande cela em uma grande sala).

Se fosse passível de interpretação, afirmaria que fica claro a liberdade e a aceitação que os dois amigos demostram um pelo outro.

Nota 3: Se você já assistiu o "Hulk do Edward Norton", deve ter notado que a maior cena de luta acontece em um espaço totalmente aberto (o campus de uma universidade). Característica do Louis Leterrier?

Nota 4: Outra parte interessante é a que o Frank salta de paraquedas para tentar chegar no caminhão. Durante toda a cena da chegada, a câmera está postada distante dos atores, mas quando ele alcança, as cenas passam a mostrar mais aproximação. Outra diferença entra as direções?

Ou eu tô falando besteira. Pode ser só porque ele queira mostrar mais adrenalina quando deixa os personagens mais pertos! :)

Falhas?

Não sei se podem ser consideradas assim, mas com certeza algumas aparições clássicas (ah, qual é?! O filme tem mais de 12 anos e não é nem um pouco justo tentar comparar efeitos especiais com os atuais, certo?) como os bonecos que insistem em contracenar. Como eles são insistentes! :)

A melhor parte?

Sem dúvidas foi a apresentação do personagem principal ao público (logo na primeira cena ).

Uma vez escutei que a entrada do personagem é a parte mais importante! O ator deve dar tudo de si para passar o máximo possível em 5 segundos. São estes segundos que fazem o publico gostar ou não (e acredito que todo mundo gostou do Frank).

Vou deixar um link com o pedaço da fuga aqui. Como sou novato nisso aqui, ainda não consegui colocar o vídeo para rodar direto, mas segue: https://www.youtube.com/watch?v=z1TKpyHvFGU.

Então, vale a pena?

Muito. Mas vá esperando momentos de desligar o cérebro, relaxar no sofá e procurar na internet os carros mais potentes para comprar depois de assistir ao filme (e acredite quando eu digo que se o seu carro for 1.0, vai penar é muito na próxima semana).

Grande abraço,

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Muito boa noite meu senhor (ou minha senhora).


Seja bem vindo(a) a esta humilde sala (eu sei que não é bem uma sala, mas se você der uma olhada no design de nosso blog, vai ver que pelo menos é bem humilde ;o).

Espero que estes primeiros comentários sirvam como boas vindas.

Enquanto estou escrevendo estas linhas, milhões de checks estão sendo colocadas em minha lista imaginária de melhores filmes de todos os tempos.

E como gosto de assistir filmes e comentar sobre eles (mas nunca publicamente)! Até porque, você há de notar durante os comentários que seguirão, eu não carrego o dom de ser um bom crítico. Na verdade, eu gosto da maioria dos filmes que eles [os bons críticos] criticam! :)

Mas se não não pretendo escrever críticas, qual a finalidade do blog?

O nome é sugestivo. Dois filmes por semana. É uma meta nem um pouco audaciosa, mas interessantíssima. Acredito que todo filme trás uma história. Desde a sua concepção, o tempo de gravação, o enredo, a iluminação, tudo foi ligado de uma maneira que no final pudesse ser exibido. É esta teia que gosto de presenciar quando estou comendo um balde de pipoca. E é nela que pretendo focar.

Em alguns muitos filmes estarei vendo-o sozinho, mas na grande maioria estarei acompanhado de alguém. E claro, as duas opiniões serão descritas aqui. Quem sabe em um futuro próximo não seremos nós dois (eu e você) quem comentaremos sobre um filme de nosso interesse.

Enfim, espero que você venha a curtir as nossas semanas. Aproveite bem o dia e vamos em frente! :)

Nota: acabei de assistiro primeiro filme da séria Carga Explosiva. Pensei em comentar rapidamente sobre ele, mas não é a hora ainda! :) rsrsrs... (quanto mais mentiroso o filme, melhor ele é! :)